Marcelo Montanini
Folha de Pernambuco
Pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PTB, o senador Armando Monteiro Neto se reuniu, nesta segunda-feira (31), com 12 lideranças de macro-setores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – como metalúrgico, gráfico, bebidas, têxtil, de petróleo e borracha – para discutir a consolidação de um processo de reindustrialização do Estado. No encontro, os sindicalistas – a maioria ligados ao PT – entregaram ao senador um documento da Federação Única dos Petroleiros (FUP) em defesa da Petrobras.
Para o vice-presidente da CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves, conhecido como Betão, apesar de os pontos divergentes, o ponto chave do debate com o petebista é a política industrial. “Nossa preocupação é a consolidação da industrialização do Estado e a geração de empregos, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e continuada pela presidente Dilma Rousseff (PT)”, declarou Betão.
O dirigente recordou que na década de 1980, havia 60 mil operários trabalhando no Estado, na “Era Fernando Henrique Cardoso” (FHC) (1995-2003), eram 11 mil, e atualmente há 45 mil. “Queremos que em dez anos, estes números ultrapassem os 60 mil que éramos no passado”, disse o vice-presidente da CUT.
Segundo o ex-presidente da CUT e membro do Sindicato da Borracha, Carlos Padilha, o intuito do encontro foi abrir um canal de diálogo permanente com o senador. “O objetivo era abertura de canal de diálogo e para que o trabalhador possa colocar suas demandas”, afirmou Padilha.
O senador classificou o encontro como fundamental para estreitar a aliança e a convergência de posições. “Todos reconhecem que Pernambuco está vivendo um processo de relançamento da indústria, mas para que este processo seja sustentável nós temos que fazer uma aliança para consolidar estes empreendimentos que estão se implantando em Pernambuco, e preencher alguns elos da cadeia produtiva”, ponderou Monteiro Neto.