Inusitados à parte, estão definidas as regras do jogo: Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos serão os candidatos em outubro. Joaquim Barbosa não será, pelo menos à presidência da República. Nem o Lula, guardando-se para 2018. Claro que alguns bicões aparecerão, como sempre, cultivando o próprio ego e abusando da paciência alheia, mas não ser citados será seu castigo. Pelas pesquisas e pelo cabo eleitoral de que dispõe, tudo indica a reeleição da presidente.

Certamente haverá indicações partidárias, ainda que jamais no número atual, e com a exigência de que os novos ministros sejam do ramo exigido pelos respectivos ministérios. Essa, pelo menos, seria a determinação da chefe do governo. A busca pelo segundo mandato a fez prisioneira de grupos fisiológicos que perderão o poder de pressão sobre o palácio do Planalto.
E o PT? Claro que manterá a prevalência partidária no novo governo, mas despojado dos instrumentos hoje utilizados para forçar Dilma a fazer o que não deseja. Caso se efetive alguma renovação em seus quadros, com as próximas eleições, os companheiros estarão obrigados a prestar vassalagem ao Lula, mas de olho na Dilma, capaz de abrir maior espaço aos líderes emergentes.
Em suma, mudanças são imaginadas para o segundo mandato, período em que a presidente necessitará pensar um pouco mais em sua biografia. A imagem que deixará para o futuro dependerá de fazer menos concessões às forças políticas dispostas ao seu redor. Precisará recuperar a economia nacional e promover avanços sociais acima e além do bolsa-família e sucedâneos.
Acima se fez a ressalva: caso não sobrevenham inusitados, porque garantir, ninguém garante…