O Facebook completa 10 anos nesta terça (4) com o desafio de enfrentar a forte concorrência em um mercado e até mesmo uma “velhice precoce”. Mas sua maior dor de cabeça é conter a saída de usuários adolescentes e atrair gerações mais novas, que podem ter uma visão mais restritiva quanto à privacidade.

As razões do Facebook ter se tornado uma das maiores redes sociais do mundo, em detrimento de tantas outras parecidas que surgiram quase na mesma época, ainda é algo para se impressionar.
Na semana passada, o site anunciou um lucro líquido de US$ 523 milhões no último trimestre, o que fez as ações na Nasdaq, em Nova York, atingirem o valor recorde de US$ 62,03. O fundador Mark Zuckerberg, que completará 30 anos no mês que vem, tenta convencer o mercado com números, mas seu maior desafio é manter o interesse do consumidor comum. A rede também tem como fortuna os dados pessoais de mais de 1 bilhão de pessoas, que são vendidos para empresas para gerar publicidade direcionada.
Menos é mais
Nos últimos meses, pesquisas e análises mostram que parte dos internautas têm migrado para plataformas mais simples, como Twitter, Instagram ou mesmo comunicadores como Whatsapp. Uma pesquisa dos EUA mostrou que a rede perdeu três milhões de usuários entre 13 e 18 anos em três anos. Um dos principais motivos seriam a falta de transparência no uso de dados pessoais e o desejo de não ter a vida social tão exposta.
A chave para se manter no topo estariam em uma reformulação constante, o que é verificado pelas recentes mudanças anunciadas pela rede, como a pesquisa Open Graph. Outra saída é a expansão para a Ásia, continente que cresce em números de internautas, sobretudo no celular. Em 2014, a Índia se tornará o país com maior número de usuários do Facebook, com 152,4 milhões de indianos no site.
Expansão para o Oriente
O problema continua sendo a China, onde o Facebook é bloqueado desde 2009. A saída é apostar nos vizinhos asiáticos igualmente populosos, como a Indonésia, com 65 milhões de usuários.
Se o Facebook vai sobreviver a essa velhice precoce, só o tempo dirá, mas algo é certo: no contexto atual da tecnologia mundial, é cada vez mais difícil se manter no topo.