Simepe denuncia programa Mais Médicos à OMS e à OIT

Antônio Assis
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Diário de Pernambuco
Representantes do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e Conselho Federal de Medicina foram à Genebra denunciar, pessoalmente à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Organização Internacional do Trabalho (OIT) condições análogas à escravidão pelas quais estariam passando os profissionais cunbanos que fazem parte do Programa Mais Médicos, no Brasil.
De acordo com o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, os médicos estariam sendo privados do direito de ir e vir, não podendo sair do município para onde foram locados e estariam sendo submetiodos a condições de trabalho precárias, além de não terem controle sobre o valor da bolsa que receberiam por mês. A denúncia verbal, foi feita no dia seis de novembro e será analisada pelos órgãos internacionais.

A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira, durante entrevista coletiva junto ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Na ocasião, foi apresentado o balanço das inspeções realizadas no dia 18 de novembro, das 20h às 2h, nos hospitais públicos do Recife: Hospital da Restauração, Procape, Hospital Agamenon Magalhães, Policlínica Amaury Coutinho e Maternidade Barros Lima e 
Policlínica Amaury Coutinho.
Em todas as unidades de saúde foram verificados problemas comuns como plantões incompletos, superlotação, falta de estrutura de acolhimento para os médicos, falta de estrutura e problemas na rede elétrica.
Além disso, no HR foram verificados problemas específicos como falta de lugar para os acompanhantes, de medicamentos, mofo, buracos no teto, demora na permanência dos pacientes na sala vermelha (utilizada para estabilização de casos graves) por falta de  de leitos na UTI, pias sem sabão.
Na Policlínica Amaury Coutinho havia mofo, infiltração, goteiras e demora na retaguarda ambulatorial. Na Barros Lima, falta sala de recuperação pós anestésico, falta de privacidade nos exames ginecológicos, triagem inadequada, banheiros quebrados, falta de sabão na pia e climatização precária. 

No Procape, o problema é superlotação. Com 33 leitos, o hospital tinha 89 pacientes internados. No Agamenon, foram verificados buracos no teto e climatização inadequada

Além disso, Cremepe e Simepe denunciaram ainda que, durante areunião do conselho do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi feito o alerta de que o prédio, construído em área de mangue  tem apenas três das 12 bombas utilizadas para retirar água armazeana em funcionamento.

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