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Na última reunião, em Serra Talhada, Bruno Ribeiro (foto) e Teresa Leitão - candidatos favoritos - rivalizaram
Edmar Melo/JC Imagem
Com o ambiente cada dia mais tensionado internamente, o Partidos dos Trabalhadores em Pernambuco entra na reta final do Processo de Eleição Direta (PED). Amanhã, acontece o terceiro debate entre os candidatos ao comando estadual da legenda no Centro Social da Soledade, no Recife. Até o dia 10 de novembro, quando se realizará a eleição, pelo menos mais um embate deve acontecer, dessa vez em Petrolina, no Sertão pernambucano.
No último final de semana, Bruno Ribeiro – candidato patrocinado pela Construindo um Novo Brasil – e Teresa Leitão, apoiada pelo grupo do ex-prefeito João da Costa, estiveram em Serra Talhada, município do Sertão governado pelo prefeito Luciano Duque (PT).
O encontro gerou uma troca de farpas porque Ribeiro acusou a adversária de ser alinhada ao PSB do governador Eduardo Campos. Teresa, por sua vez, revidou dizendo que ele não representava a renovação necessária ao partido.
A expectativa é que amanhã eles voltem a protagonizar um enfrentamento. Bruno Ribeiro, contudo, refuta a ideia de que o debate tem servido para potencializar o clima de disputa que perdura no PT desde as prévias de maio de 2012. “É bom que o debate tenha energia. Porque as dificuldades do PT não foram criadas por nós, mas temos a oportunidade de tentar resolver”, opinou o pré-candidato.
Teresa leitão concordou que o debate ganhou força e atribuiu à mudança na metodologia do enfrentamento. “O primeiro, em Paulista, foi muito engessado. Nesse de Serra Talhada, ficamos mais livres para questionar um ao outro e responder aos militantes. Mas avalio que os debates hoje não mudam mais os votos”, ponderou.
A falta de motivação dos filiados do PT em todo Brasil, especialmente em Pernambuco, em virtude do racha, será um desafio para os candidatos. Existem hoje 49 mil petistas aptos a votar na eleição interna, mas o índice de abstenção esperado é alto. “Há um desafio para as quatro chapas estaduais que é motivar o comparecimento. Primeiro porque é domingo. Segundo porque, sobretudo no Recife, com o PT muito dividido, as chances de baixo comparecimento são enormes”, destacou Bruno Ribeiro.