Rodrigo Passos
Folha-PE
O cenário é semelhante em grande parte das universidades que oferecem cursos noturnos. Portões abertos para facilitar a circulação de alunos e as vias do entorno tomadas pelo vai e vem dos estudantes. Para completar, as ruas não possuem iluminação adequada. O resultado disso tudo é uma grande lista de relatos de furtos e assaltos, além de alguns episódios violentos, como estupros. Se não uma vítima, com certeza, um conhecido poderá contar como foi a ação dos bandidos, pois esta é uma realidade àqueles que frequentam os centros universitários: estudantes, trabalhadores, ou transeuntes, que circulam pelas redondezas.
Hesíodo Góes/Folha de Pernambuco
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é comum ver viaturas da Segurança Universitária circulando pelas principais vias da instituição. Porém, a presença da ronda não parece tranquilizar os discentes. “Ouvi depoimentos de pessoas que foram assaltadas perto dos guardas, que alegaram que não poderiam fazer muita coisa”, revelou a estudante de administração, Pryscilla Moraes, 21 anos. Ela entra na lista de universitários passíveis de assaltos, já que caminha todos os dias do ponto de ônibus até o prédio de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).
Para o discente de ciências biológicas, Hernando Neto, 26, o perigo se encontra do lado de fora das dependências da UFPE. “O ponto mais crítico de todos é na frente do Hospital das Clínicas (HC), principalmente depois das 21h”, alertou. Pior. Nesse trecho funcionários e estudantes do hospital, que dependem do transporte coletivo, precisam se arriscar na parada.
Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa, uma equipe permanente de segurança atua em todo campus, que é monitorado por circuito interno de TV. Já a segurança externa é realizada em diálogo com órgãos da Defesa Social. Mas, em contraponto, transeuntes não se sentem tranquilos ao caminhar em algumas ruas do local.
Próximo à Unicap também está instalada a Faculdade de Ciências Humanas (Esuda), na rua Bispo Cardoso Ayres. Lá, apesar do intenso fluxo de veículos, os passos apressados dos transeuntes revelam a insegurança em passar pela via.