
No seio da Frente Popular, coligação de partidos que dá sustentação ao governo de Eduardo Campos, os nomes previamente colocados para suceder o atual governador são muitos. Entram nesta lista o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho além dos secretários estaduais Paulo Câmara, Milton Coelho, Antonio Figueira e Tadeu Alencar, além do senador Armando Monteiro Neto (PTB). O vice-governador, João Lyra, também é cotado para disputar o cargo, mas somente deverá entrar para valer nesta disputa quando se filiar ao PSB.
Henry, além da experiência, também é um dos peemedebistas mais próximos do ex-governador e hoje senador Jarbas Vasconcelos. Diante das pressões do PMDB, cujo presidente estadual, Dorany Sampaio, já declarou em alto e bom som, e em mais de uma ocasião, que a prioridade do partido no Estado é a reeleição de Jarbas para a Casa Alta, a indicação do deputado para o cargo de vice serviria para acalmar a legenda aliada e, também, garantir a sobrevida política do líder peemedebista.
Mas tanto Jarbas como o PMDB sabem que a reeleição para o Senado somente será possível caso Eduardo venha a manter os eu projeto de concorrer ao Palácio do Planalto em 2014. Caso Eduardo sucumba às pressões e venha a desistir do pleito, ele tem como uma de suas primeiras opções lançar-se ao Senado, o que praticamente anula as chances de Jarbas reeleger-se para a cadeira. E é aí que entra o coringa Henry. Além do afago a Jarbas, a entrada de Henry na cabeça de chapa permite que o líder peemedebista dispute um mandato de deputado federal.
Talvez a solução não seja a mais palatável para todos os envolvidos, mas no momento é a que tem se mostrado mais viável para evitar uma debandada geral e uma rusga sem tamanho na Frente Popular.