Leonardo Lucena_PE247 – O PMDB terá candidato ao Governo de Pernambuco em 2014. No I Encontro de Blogueiros do Vale do São Francisco, em Petrolina, Sertão do Estado, o peemedebista e prefeito do município, Júlio Lóssio, lançou a sua candidatura ao Executivo pernambucano, o que beneficia, sobretudo, a presidente Dilma Rousseff (PT), com a formação de um palanque no estado para sustentar a sua candidatura à reeleição. Isso porque o PMDB é o principal aliado da petista no Congresso Nacional. O lançamento da candidatura também obriga o PSB do governador Eduardo Campos, eventual candidato à Presidência da República, a tomar uma posição o quanto antes visando à formação de palanques tanto para apoiar o candidato do partido no estado como para sustentar em Pernambuco a postulação do gestor ao Palácio do Planalto.
A candidatura própria ao Governo Estadual faz parte da estratégia do PMDB de ter postulante em, pelo menos, 20 estados, o que, inclusive, em maio deste ano, foi tema de debate numa reunião do presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp (RO), com representantes de vários diretórios regionais. Curiosamente, o prefeito tem como um dos seus adversários dentro PMDB pernambucano o principal nome da sigla no estado, senador Jarbas Vasconcelos, ex-governador de Pernambuco. Durante a palestra, Lóssio ressaltou que acatará a decisão do diretório estadual sobre a candidatura da legenda peemedebista, contanto que a decisão da cúpula nacional também seja aceita.
Segundo o prefeito, caso o diretório do PMDB pernambucano não acate a decisão da Direção Nacional, ele deixará o partido. "Se o partido não se curvar a decisão da nacional, eles me dão o direito de desrespeitar a decisão deles", declarou Lóssio, que também enviou uma carta ao senador Raupp comunicando o lançamento de sua candidatura. O gestor que receber uma resposta da legenda, tanto em nível estadual como nacional, até o dia 4 de outubro, pois no dia seguinte encerra-se o prazo para as filiações partidárias.
Caso a candidatura do PMDB se concretize, a presidente Dilma Rousseff será a principal beneficiada. Além dos peemedebistas, a petista teria PTB e PT lhe dando sustentação em Pernambuco, embora os petistas ainda não tenham deixado claro que rumo tomarão em 2014. É sabido que o senador petebista Armando Monteiro (PE) está cada dia mais disposto a se candidatar ao Executivo pernambucano e teria o Partido dos Trabalhadores como o principal aliado no estado.
Mesmo com a indefinição do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), eventual candidato à Presidência da República, sobre quem será o indicado para sucedê-lo, informações de bastidores dão conta de que, dificilmente, o gestor indicará alguém fora da legenda socialista. Se o nome for realmente do PSB – os sinais apontam para o vice-governador João Lyra Neto, que deixará o PSD para se filiar à legenda pessebista ainda neste mês -, o PTB deverá romper a aliança com o PSB em nível estadual assim que os socialistas romperam com o PT no plano nacional para viabilizar a candidatura de Campos a presidente em 2014.
O rompimento da aliança PSB-PTB no estado apontaria para a candidatura de Armando Monteiro, que já apareceu numa inserção partidária em maio deste ano. Com as possíveis candidaturas de Armando e Lóssio ao Governo de Pernambuco, a presidente Dilma seria a principal beneficiada porque teria dois palanques no estado para lhe dar sustentação. Caso ambas as postulações se materializem, resta saber como o PT irá proceder - se fica com Armando ou com Lóssio – e qual será a posição do PSB, que precisa de um forte palanque para apoiar o candidato indicado por Campos, bem como para sustentar a candidatura do gestor ao Palácio do Planalto em seu principal reduto eleitoral.