NENA CABRAL COMENTA: BOMBA RELÓGIO É MELHOR O GOVERNO PREVINIR DO QUE REMEDIAR

Antônio Assis
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Nesses tempos de instabilidade e de insubordinação, todo mundo tem algo a dizer, principalmente empresários, base aliada e manifestantes que estão na rua contra tudo e qualquer coisa. Mas há um segmento caladinho.
Trata-se dos escritórios de advocacia especializados em causas contra a União. Eles acompanham sofregamente o desenrolar do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal para botar as manguinhas de fora e os bolsos à vista.
A intenção é acompanhar cada passo do julgamento, que recomeça na semana que vem, para ver como ficam os embargos declaratórios, depois os infringentes e, por fim, as conclusões tramitadas em julgado, quando não houver mais nenhuma possibilidade de recurso e o resultado estará condensado numa única peça, inquestionável.
O foco dos advogados é a emenda constitucional número 41, de dezembro de 2003, final do primeiro ano do governo Lula, que mudou o sistema de previdência dos servidores públicos, acabando a aposentadoria com salário integral e os reajustes paritários entre os aposentados e os da ativa. Milhares, talvez milhões, de aposentados adorariam dar o dito pelo não dito, o votado pelo não votado.

Ao condenar políticos, publicitários e banqueiros por compra e venda de votos no Congresso, inclusive na mudança do sistema previdenciário dos servidores, o Supremo automaticamente admite que houve vício de origem na decisão.
Isso pode suscitar uma ou várias ações de inconstitucionalidade formal contra a emenda 41, questionando judicialmente não o mérito, mas sim a forma como foi votada e promulgada. E aí é que a porca torce o rabo. Se o próprio Supremo admite que houve compra e venda de votos, como vai dizer que a votação da emenda foi dentro dos conformes?
A emenda 41, porém, não pode cair pois seria o caos, com custo incomensurável. É melhor o governo prevenir do que remediar. Como? Sei lá!

Fonte: Folha de S.Paulo
  
NENA CABRAL COMENTA: A TOMADA DE DECISÃO DE DILMA SEM VETAR A LEI Nº 12.845
Apesar dos apelos das bancadas religiosas para suprimir o dispositivo que obriga hospitais ligados ao SUS a oferecer a vítimas de violência sexual a tal da "profilaxia da gravidez".
Na papelada do Ministério da Saúde, a expressão designa apenas a chamada "contracepção de emergência", que é feita com a pílula do dia seguinte --basicamente uma dose alta de hormônios, que não é considerada abortiva. Os religiosos, porém, receiam que o termo possa estimular a interrupção voluntária da gravidez, que veem como pecado.
É um caso escrachado de falsa polêmica, pela simples razão de que mulheres estupradas que engravidem já têm direito de abortar legalmente, se assim desejarem. E essa não é nenhuma invencionice recente de esquerdistas contrários à família, mas uma regra que consta do ordenamento jurídico brasileiro desde 1940. Se há um escândalo aqui, é que, apesar de a norma estar em vigor há décadas e assegurar um direito líquido e certo, muitas mulheres, por causa da resistência velada de instituições e médicos, não tenham acesso ao procedimento, tornando necessárias peças como a 12.845.
Se as igrejas realmente creem que o aborto não deve ser autorizado nem nas condições previstas em lei, deveriam vir a público e propor claramente que ele seja proibido mesmo em caso de estupro e de risco de vida para a mãe. Aproveitando o ensejo, os católicos deveriam pedir também que pílulas anticoncepcionais e camisinhas sejam banidas do país.
Outra alternativa é que as igrejas se mirem no que o papa Francisco disse dos homossexuais --"Quem sou eu para julgar os gays?"-- e deixem pecados e pecadores sob a jurisdição de Deus. Se existe de fato um ser onisciente, onipotente e que tem horror ao aborto, ele decerto não precisa da ajuda de meros mortais para exercer a justiça cósmica.

NENA CABRAL COMENTA: CRATERAS EM MARANGUAPE I
- Aqui PE, boa tarde.
- Eu tenho uma denúncia aqui de Paulista. Posso falar ?
- Estou anotando.
-  O bairro de Maranguape I está cheio de crateras e o esgoto corre a céu aberto. Na rua 83 tem um buraco enorme há meses. Já ligamos para a Compesa e recebemos a resposta de que estão esperando a PPP do governo do estado. Enquanto a prefeitura, que também já contactamos, só promete e não cumpre. Pagamos impostos caros e não vemos resultado.
- Ok senhor, iremos publicar a sua queixa.

- Obrigado.

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