"Tatuagem" retrata um cabaré em Recife (PE), no ano de 1978, e contesta o Regime Militar com anarquia e sarcasmo. Neste cenário, o personagem "Clécio", interpretado por Irandhir, tem um relacionamento com "Paulet", interpretado pelo ator Rodrigo Garcia, e, depois, se apaixona pelo soldado Fininha (Jesuíta Barbosa).
De acordo com o diretor do filme, os temas centrais do longa são amor, afeto e amizade. "Estou muito feliz. Queria agradecer a essa equipe incrível que trabalhou no filme. Cinema se faz com amizade e muito amor. E eu só sei fazer cinema com essas pessoas. O nosso filme é uma homenagem à liberdade e à amizade. Queria dedica-lo à possibilidade de abrirmos outros olhares", disse Hilton, em seu discurso.
Na categoria melhor direção, venceu a dupla Andradina Azevedo e Dida Andrade, com "A Bruta Flor do Querer". "É incrível ganhar esse prêmio com tanta fera concorrendo. A gente sempre ganha menção honrosa, mas hoje deu", afirmou Dida.
O prêmio de melhor atriz foi para Leandra Leal por sua atuação em "Éden", de Bruno Safadi. A artista interpretou uma mulher grávida que perdeu o marido. É a segunda vez que Leandra vence o prêmio em Gramado. No quesito melhor ator coadjuvante, o vencedor foi Walmor Chagas, em "A Coleção Invisível", no qual o artista contracena com o ator Vladimir Brichta. Segundo informações do Portal G1 Rio Grande do Sul, este foi o último trabalho de Chagas antes de cometer um suicídio, em janeiro deste ano. "A gente conviveu com um esplendor de ator. Aprendemos muito com ele", afirmou Brichta.
Confira a premiação:
Longas-metragens brasileiros
Melhor filme: "Tatuagem" (PE), de Hilton Lacerda
Melhor diretor: Andradina Azevedo e Dida Andrade, por "A Bruta Flor do Querer" (SP)
Melhor ator: Irandhir Santos, por "Tatuagem" (PE)
Melhor atriz: Leandra Leal, por "Éden" (RJ)
Melhor ator coadjuvente: Walmor Chagas, por "A Coleção Invisível" (BA)
Melhor atriz coadjuvante: Clarisse Abujamra, por "A Coleção Invisível" (BA)
Melhor roteiro: Domingos de Oliveira, por "Primeiro Dia de Um Ano Qualquer" (RJ)
Melhor fotografia: Gallo Rivas, por "A Bruta Flor do Querer" (SP)
Melhor montagem: Karen Harley, por "Os Amigos" (SP)
Melhor direção de arte: Eloar Guazzelli e Pilar Prado, por "Até que Sbórnia nos Sepere" (RS)
Melhor trilha musical: DJ Dolores, por "Tatuagem" (PE)
Melhor desenho de som: Edson Secco, por "Éden" (RJ)
Prêmio do júri oficial: "Revelando Sebastião Salgado" (RJ), de Betse de Paula
Prêmio do júri popular: "Até que a Sbórnia nos Separe" (RS) e "A Coleção Invisível" (BA)
Longas-metragens latino-americanos
Melhor filme: "Repare Bem (POR)", de Maria de Medeiros
Melhor diretor: Roberto Flores Prieto, por "Cazando Luciérnagas" (COL)
Melhor ator: Cesar Troncoso, por "A Oeste do Fim do Mundo (ARG/BRA)
Melhor atriz: Valentina Abril, por "Cazando Luciérnagas" (COL)
Melhor roteiro: Carlos Franco Esguerra, por "Cazando Luciérnagas" (COL)
Melhor fotografia: Eduardo Ramírez Gonzáles", por "Cazando Luciérnagas" (COL)
Melhor filme júri popular: "A Oeste do Fim do Mundo (ARG/BRA)", de Paulo Nascimento
Prêmio especial do júri: Grupo de Teatro Catalinas Sur, por "Venimos de Muy Lejos" (ARG)
Curtas-metragens nacionais
Melhor filme: "Acalanto" (MA), de Arturo Saboia
Melhor diretor: Arturo Saboia, por "Acalanto" (MA)
Melhor ator: Kauê Telloli, por "A Navalha do Avô" (SP)
Melhor atriz: Léa Garcia, por "Acalanto" (MA)
Melhor roteiro: Francine Barbosa e Pedro Jorge, por "A Navalha do Avô" (SP)
Melhor fotografia: Alexandre Samori, por "Arapuca" (SP)
Melhor montagem: GilbertoScarpa e Vinícius Gotardelo, por "Merda!" (MG)
Melhor direção de arte: Rogério Tavares, por "Acalanto" (MA)
Melhor trilha musical: Luiz Oliviéri, por "Acalanto" (MA)
Melhor desenho de som: "Tiago Bello, Rita Zart e Marcos Lopes, por "Tomou Café e Esperou" (RS)
Prêmio do júri popular: "Acalanto" (MA), de Arturo Saboia
Menção honrosa: "Carregadores do Monte" (SP), de Cassio Santos e Julio Lucena
Prêmio especial do júri: "Os Filmes Estão Vivos" (RS), de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Prêmio Canal Brasil: "A Navalha do Avô" (SP), de Pedro Jorge
Prêmio do Júri da Crítica
Melhor longa brasileiro: "Tatuagem" (PE), de Hilton Lacerda
Melhor longa latino-americano: "Repare Bem (POR)", de Maria de Medeiros
Melhor curta nacional: "Os Filmes Estão Vivos" (RS), de Fabiano de Souza e Milton do Prado
Prêmio Dom Quixote
Vencedor: "Repare Bem (POR)", de Maria de Medeiros
Menção Honrosa: "Venimos de Muy Lejos" (ARG), de Ricardo Piterbarg
Menção Honrosa: "A Oeste do Fim do Mundo" (ARG/BRA), de Paulo Nascimento