Marcela Balbino
JC Online
Até 2016, toda criança com 4 anos deve estar matriculada, obrigatoriamente, na escola. A mudança da legislação trouxe à tona um problema crônico enfrentado pela maioria das cidades pernambucanas e do Brasil: a falta devagas. O JC percorreu quatro dos 14 municípios do Grande Recife onde é maior a urgência por pré-escolas. De hoje até terça, a repórter Marcela Balbino mostra a situação de crianças que têm o direito ao estudo negado. Confira neste domingo a realidade de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Na segunda (6) leia sobre o índice de Ipojuca, superior ao brasileiro.
Camilly dos Santos, 4 anos, Daniel Muniz, 5, e Larissa Pereira, 5, são o retrato do desafio que Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda terão que enfrentar até 2016 para universalizar a educação infantil e garantir a pré-escola a partir dos 4 anos. Hoje, o trio figura na indesejável lista dos sem-escola. Alguns, por descuido dos pais; outros, por deficiência do município. Os caminhos não importam. A preocupação é buscar alternativas para inseri-los na rede de ensino. Camilly é uma das 3.624 crianças do Recife, entre 4 e 5 anos, que já passaram da idade para ser aceita nas creches. Não encontra escola. Daniel simboliza outros 2.379 fora do colégio, em Jaboatão. Já Larissa é uma das 1.123 crianças invisíveis de Olinda. A prefeitura tem o desafio de encontrar e acolher.