João Carvalho
JC Online
Fiscalize, proponha, avalie. Os três pilares do Colab, rede social criada para ajudar no cotidiano de uma cidade, podem ajudar o projeto a chegar numa nova fase. Uma reunião entre os idealizadores da ferramenta e representantes da Empresa de Processamento de Dados do Recife (Emprel), da Prefeitura do Recife (PCR) deve selar uma parceria para ajudar no monitoramento de questões como urbanização e mobilidade. A idéia é que o maior colaborador desse monitoramento seja o cidadão.
A proposta do Colab na parceria com a PCR é usar a tecnologia para que fiscais sejam acionados nas ruas e possam resolver o fato naquele momento exato.
“Você registra um carro estacionado em local proibido, por exemplo. Faz uma foto, encaminha para uma central. Então essa central aciona, via celular ou outro equipamento on line de um fiscal próximo, que vai resolver o problema”, explicou o publicitário Gustavo Moreira Maia, um dos idealizadores. “Não seria fantástico?”, questiona.
Criado pela empresa pernambucana de tecnologia Quick, o plano de criação do Colab e a maneira de execução foram surgindo depois que a equipe trabalhou com marketing político, durante as últimas eleições municipais em várias cidades.
“Estávamos ali, acompanhando os dois lados. A dos candidatos, com plataformas para resolver pendências dos municípios. E com o povo do outro lado, mostrando quais eram esses problemas”, citou.
A partir daí a empresa resolveu criar uma maneira fácil e rápida para mostrar o que acontece no dia a dia das ruas. Não só do Recife, já que o projeto já foi cadastrado para mais de 5 mil cidades do Brasil. E até no exterior o Colab pode começar a ser usado.
“Recebemos um contato de Rotterdam, na Holanda. Eles descobriram como funciona o trabalho aqui e querem levar o projeto para que a prefeitura de lá use oficialmente”, lembrou Gustavo. “Mas nossa intenção é que seja iniciado aqui. Porque tudo foi criado no Recife, por uma empresa pernambucana”, disse.
A ferramenta foi disponibilizada de forma gratuita, tanto para usuários quanto para os governos que resolverem usar as cidades como projeto piloto.
“Temos tudo pronto. Estamos cedendo gratuitamente. Uma forma de darmos nossa contribuição como cidadãos, para um lugar melhor para ser viver”, observou Gustavo.
Enquanto a Prefeitura do Recife não confirma se realmente vai usar a ferramenta, todas as ocorrências registradas pelo Colab através do endereço www.colab.re estão sendo encaminhadas para os órgãos competentes pela equipe do site. Os usuários recebem uma confirmação com o número do protocolo para acompanhamento.