
Eles largaram os estudos e foram arregimentados pelo narcotráfico
Fotos: Guga Matos/JC Imagem
Wagner Sarmento
JC Online
Um sonhou ser mecânico, o outro quis ser motorista ou jogador de futebol, uma jovem se imaginou administradora de empresas, outra adolescente pensou em se tornar servidora pública. A vida traiu os planos, desviou rotas e os colocou no mesmo liquidificador. As quatro histórias tiveram começos distintos, mas se cruzaram no meio do caminho. Eles não se conhecem e mesmo assim estão unidos por uma coincidência: o primeiro emprego que conseguiram foi no narcotráfico. Funcionários do crack sociedade anônima, assinaram carteira com o dinheiro fácil. E com o desengano.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) – desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – aponta que 27% dos jovens de 16 a 24 anos moradores da Região Metropolitana do Recife estão desempregados. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 811.446 pernambucanos entre 15 e 24 anos fazem parte da população economicamente ativa.
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