Os consórcios ainda estão engatinhando

Antônio Assis
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Inaldo Sampaio


Pernambuco ainda é um Estado muito atrasado quanto à formação e funcionamento de consórcios públicos. Há uns oito de prefeituras constituídos, mas funcionando muito precariamente. Falta aos prefeitos, lamentavelmente, a cultura de agir coletivamente, o que seria positivo para todos os consorciados. Quando era secretário de saúde, o vice-governador João Lyra Neto esforçou-se muito para dar vida a esses consórcios, porém os resultados ainda deixam muito a desejar.

Semana passada, em Serra Talhada, tomou posse a nova direção do Consórcio dos Municípios do Pajeú, cujo presidente é o prefeito de Afogados da Ingazeira, José de Anchieta Patriota. Escolhido primeiro secretário, o médico e prefeito de São José do Egito, Romério Guimarães, fez logo este alerta aos seus parceiros: “Aceito ficar na diretoria do Consórcio se ele efetivamente funcionar. Existir apenas por existir, não me interessa. Ou nós o colocamos para funcionar ou então eu saio”.
A experiência deveria começar pela área de saúde, onde é mais fácil fazer o compartilhamento dos serviços e também das despesas. Como cada uma das cidades da região não pode manter um hospital com médicos de todas as especialidades, por que não fazer a divisão? Concentraria o atendimento cardiológico numa cidade, o ortopédico em outra, o de nefrologia numa terceira, e assim por diante. Todos ganhariam com a divisão e a despesa ficaria mais em conta. Cada qual bancar tudo é que impossível.
Só o susto - O presidente da Força Sindical, Aldo Amaral, teve um princípio de infarto, na semana passada, foi socorrido a tempo e já se encontra em seu apartamento, na Tamarinei­ra. Foi o resultado do “stress” pela responsabilidade de comandar uma greve de 50 mil trabalhadores.

O veto - No apagar das luzes de 2012, Dilma Rous­seff vetou um projeto de lei de autoria do senador José Pimentel (PT-CE) regulamentando a autonomia financeira da Defensoria Pú­blica. Sem o veto, o orçamento das Defensorias Esta­duais seria desvinculado do do Poder Executivo.

É a seca! - Caso venha mesmo a Serra Talhada, em meados deste mês, para inaugurar a 1ª etapa da Adu­tora do Pajeú, Dilma Rousseff terá oportunidade de ver com os próprios olhos os efeitos da seca no Nordes­te, algo que ela ainda não conhece. E se viajar de carro até Afogados da Ingazeira, onde se inicia a 2ª etapa, terá oportunidade de ver também animais mortos na estrada.

A favor - Em entrevista a uma rádio do Pajeú, no dia 1º deste mês, o ex-deputado José Marcos (PR) contou em detalhes as pressões que sofreu no governo Jarbas (PMDB) para rejeitar uma prestação de contas do governador Miguel Arraes na Assembleia Legislativa. “Um emissário do doutor Dorany (Sampaio) me procurou dizendo que era para votar contra, mas eu votei a favor”.

As férias - Depois do sucesso do Natal de Gravatá, que fez questão de comandar, pessoalmente, junto com o presidente da Empe­tur, André Correia, o secretário Alberto Feitosa (turismo) tirou 10 dias de férias para descansar. Está sendo substituído pelo adjunto Adailton Feitosa Filho.

A democracia - Fer­nando Haddad (PT), novo prefeito de São Paulo, chamou cinco vereadores para a sua equipe e representantes de 7 partidos: PT, PMDB, PCdoB, PSB, PTB e PV. O PSB ficou com a Se­cretaria do Trabalho e Em­preendedorismo para a qual indicou Eliseu Gabriel.

O consultor - Gilberto Kassab, ex-prefeito de SP e presidente nacional do PSB, surpreendeu de novo o mundo político ao anunciar que irá para a USP integrar um núcleo de estudos, cuja principal finalidade é formular projetos para as grandes cidades. Ela já tinha surpreendido o próprio partido ao anunciar que pretende despachar em Brasília, todas as semanas, de terça a 5ª.

O retorno - O novo prefeito de Tabira, Sebastião Dias (PTB), que é um renomado cantador de viola, garante que não sabia da demissão do médico e ex-prefeito de São José do Egito, Antonio Valadares, do hospital da cidade, e já o chamou de volta para trabalhar. “Tudo não passou de um mal entendido”, disse ele.

O estilo - O novo prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), está adotando o mes­mo estilo do governador Eduardo Campos. Acorda às 5h da manhã, faz uma leitura rápida dos jornais e às 7h já está na prefeitura. O governador cultiva outro hábito que talvez o prefeito não adote: dormir apenas 5 horas por dia.
 

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