O processo para se instituir a APA existe desde 2003, mas pouco
andou. Hoje, o comitê da bacia hidrográfica do rio, a quem coube a
iniciativa no passado, decidiu pedir formalmente ao Ibama que agilize o
processo.
E ao Ibama, diante da degradação acelerada na foz, não resta outra coisa.
Os membros do comitê denunciam que os estragos ambientais se
intensificaram nos últimos anos com a especulação imobiliária, projetos
empresariais, construção de estradas e atividades turísticas.
Se aprovada, a APA terá 47 mil hectares. Nessa área estuarina,
pode-se ver os ecossistemas praiaa, dunas, mangues, brejos, várzeas e
restingas.
Mas os estragos – muitos provocados pela falta de saneamento nas
cidades e destruição das matas ciliares - podem ser vistos longo de
todo São Francisco e afluentes. A bacia do Velho Chico mede mais de 638
mil quilômetros quadrados.
O “rio da integração nacional” impressiona com seus números.
A área de drenagem da bacia, por exemplo, corresponde a 8% do
território brasileiro e as regiões do alto, médio, submédio e baixo São
Francisco abriga cerca de 15,5 milhões de pessoas. Ou seja, 8.5% da
população nacional.
Jailson da Paz
Diário de Pernambuco