Rio Capibaribe Terá 12 Barcos Fazendo 156 Viagens por Dia

Antônio Assis
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No projeto, haverá duas rotas de navegabilidade: a rota Oeste (Centro, Derby, Torre e Apipucos) e a rota Norte (Santo Antônio, São José, Boa Vista e Santo Amaro)
Foto: Marcos Pastich/JC Imagem

Do NE10
Com informações de Débora Soares, do NE10
 
Doze barcos - cada um com capacidade de 86 passageiros - fazendo o transporte de 335 mil passageiros por mês, em 156 viagens por dia. Este é um dos eixos do Projeto de navegabilidade do rio Capibaribe, apresentado na tarde desta terça (9), no auditório da secretaria de Cidades, no bairro da Boa Vista. Pelo menos sete bairros serão atendidos com o transporte fluvial: na Zona Oeste, os bairros do Derby, Torre e Apipucos e na Zona Norte, Santo Antônio, São José, Boa Vista e Santo Amaro.

No projeto, haverá duas rotas de navegabilidade: a rota Oeste (Centro, Derby, Torre e Apipucos) e a rota Norte (Santo Antônio, São José, Boa Vista e Santo Amaro). O eixo Oeste terá cinco paradas e o norte terá duas, todas com sistema de integração. As rotas não serão interligadas devido a altura das pontes, já que algumas são muito baixas e a altura não permite que os barcos passem pelo local. O projeto, que vai fazer parte do Sistema Estrutural Integrado (SEI), prevê apenas a cobrança de uma passagem para locomoção em barcos, ônibus e metrô.
O secretário de Cidades, Danilo Cabral, chegou a informar que o projeto original previa um terceiro eixo - Sul - mas o orçamento não permitiu a inclusão da área. Ele complementou, explicando que a população ribeirinha não foi esquecida no projeto. "Essa ação vai reduzir a poluição do rio e aderir ao transporte de massa já existente. Vamos também ter projetos para a população ribeirinha, que não será removida de suas casas", revelou. Ele concluiu contando que os barcos só vão navegar por um canal, deixando outras partes do rio para pescadores e remadores. Alguns pescadores que estavam na audiência demonstraram preocupação com o projeto, chegando a afirmar que a navegabilidade no rio pode prejudicar a pesca, principal forma de sustento de muitos presentes.

Responsável pelos estudos de impacto ambiental da área, a empresa Caruso Júnior relatou parte dos resultados, através do diretor Francisco Caruso Júnior. "Sobre a vegetação, o ideal seria relançar a mata nativa das margens. Já no meio biótico, só haveria impacto enquanto estivesse em obras. Como solução, seria feita uma revitalização da flora e um resgate da fauna", destacou. Em relação à paisagem, o diretor explica que haverá poucas mudanças. "No meio socioeconômico, a paisagem será alterada, mas apesar disso a construção das estações será feita de forma modular, com canteiro de obras e lavadas já prontas, para não afetar o manguezal", explica. "Também haverá uma valorização imobiliária, geração de empregos, aumento na arrecadação fiscal e fortalecimento no turismo do Recife e de Olinda", complementa.

No final, vários participantes fizeram perguntas às autoridades da mesa. Em relação à conservação dos manguezais, apenas 2,5% dessa vegetação será diretamente afetada e só enquanto a obra é realizada. Uma revitalização também foi prometida, depois do término dos serviços. A mesa ainda informou que o combustível usado será o diesel, causando um debate entre os presentes, que chegaram a falar sobre o efeito poluidor do combustível.

Participaram da audiência o presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente, Hélio Gurgel, o secretário de Cidades, Danilo Cabral, o diretor de Gestão Territorial e Recursos Hídricos da CPRH, Nelson Maricevich, o coordenador Jurídico da CPRH, Pedro Pontual, o diretor de Controle de Fontes Poluidoras, Waldecy Farias Filho e  a diretora de Recursos Florestais e Biodiversidade, Vileide Lins.

Confira abaixo os bairros que serão beneficiados com a navegabilidade:


» Bairros atendidos da rota Oeste: Derby, Torre e Apipucos.
» Bairros rota Norte: Santo Antônio, São José, Boa Vista e Santo Amaro.

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