As Peças de Dilma no Jogo Para Eleger Haddad

Antônio Assis
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247 – No xadrez eleitoral de 2012, é a vez de a presidente Dilma Rousseff mexer suas peças. E os movimentos serão influenciados por duas disputas importantes para o PT, na guerra eterna contra o PSDB. Primeiro, São Paulo, onde a conquista da prefeitura é um passo necessário para a tomada do Palácio dos Bandeirantes, em 2014, e depois Curitiba, onde um resultado surpreendente fortalece as chances de Gleisi Hoffmann vir a ser governadora do Paraná.

Na capital paulista, o essencial, neste momento, é conquistar os apoios de Celso Russomano e Gabriel Chalita, que chegaram em terceiro e quarto lugares. Ambos fazem parte de partidos da base do governo, o PRB e o PMDB, e a ordem do Palácio do Planalto é agir com rapidez para isolar a candidatura de José Serra no segundo turno.
No caso de Chalita, que é amigo pessoal de Dilma, a opção natural é o Ministério da Educação, hoje ocupado por Aloizio Mercadante, que poderia ser deslocado para a Casa Civil, assumindo um papel de coordenação no governo federal. A ministra Gleisi Hoffmann, por sua vez, voltaria ao Senado, onde prepararia sua candidatura ao governo do Paraná, em 2014, onde o PT, aliado ao PDT, tem chances em Curitiba, com Gustavo Fruet, e elegeu prefeitos de pólos importantes, como Maringá, com Enio Verri.
Nesta segunda, Dilma se reúne com a ministra Ideli Salvatti, da Articulação Política, para analisar o tabuleiro e tomar suas decisões. O movimento para garantir o apoio de Chalita a Haddad deve ser o primeiro.

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