247 – No xadrez eleitoral de 2012, é a vez de a
presidente Dilma Rousseff mexer suas peças. E os movimentos serão
influenciados por duas disputas importantes para o PT, na guerra eterna
contra o PSDB. Primeiro, São Paulo, onde a conquista da prefeitura é um
passo necessário para a tomada do Palácio dos Bandeirantes, em 2014, e
depois Curitiba, onde um resultado surpreendente fortalece as chances de
Gleisi Hoffmann vir a ser governadora do Paraná.
Na capital paulista, o essencial, neste momento, é conquistar os
apoios de Celso Russomano e Gabriel Chalita, que chegaram em terceiro e
quarto lugares. Ambos fazem parte de partidos da base do governo, o PRB e
o PMDB, e a ordem do Palácio do Planalto é agir com rapidez para isolar
a candidatura de José Serra no segundo turno.
No caso de Chalita, que é amigo pessoal de Dilma, a opção natural é o
Ministério da Educação, hoje ocupado por Aloizio Mercadante, que
poderia ser deslocado para a Casa Civil, assumindo um papel de
coordenação no governo federal. A ministra Gleisi Hoffmann, por sua vez,
voltaria ao Senado, onde prepararia sua candidatura ao governo do
Paraná, em 2014, onde o PT, aliado ao PDT, tem chances em Curitiba, com
Gustavo Fruet, e elegeu prefeitos de pólos importantes, como Maringá,
com Enio Verri.
Nesta segunda, Dilma se reúne com a ministra Ideli Salvatti, da
Articulação Política, para analisar o tabuleiro e tomar suas decisões. O
movimento para garantir o apoio de Chalita a Haddad deve ser o
primeiro.