Aos setenta e sete anos de emancipação, a cidade do Paulista tem muito a comemorar e muito a fazer: uma localização geográfica privilegiada, cercada de belezas naturais, com 14 km de lindas praias e belíssimos rios garantem à cidade uma vocação natural para o turismo. Paralelo a isso, uma necessidade urgente de respeito ao meio ambiente, com uma orla degradada, mares e rios poluídos, sendo utilizados para o descarte de esgotos, falta de incentivo ao setor turístico e de infra-estrutura para receber bem os visitantes.
Paulista pode festejar uma história de tradição cultural, com um grande acervo arquitetônico, engenhos, igrejas, como a casa do capitão, patrimônios material e imaterial importantes. Mas paulista precisa preservar esse tesouro, que sofre com ações de vandalismo ou de despreparo como aconteceu recentemente com uma das chaminés das antigas fábricas de paulista. O patrimônio histórico e artístico de Pernambuco tombado pelo Iphan, estava sendo alvo de uma obra irregular desautorizada pela Fundarpe e que só foi suspensa depois que a comunidade denunciou o caso, ao ver um operário quebrando os tijolos e largando as pedras no chão.
Paulista pode e deve se orgulhar de seu povo: mais de 300 mil habitantes, um povo forte, disposto e trabalhador que já ostentou o título de polo têxtil da América latina com cerca de 20 mil trabalhadores, mas que vive hoje um período de decadência e esvaziamento da atividade produtiva, com um alto índice de desemprego e sub emprego, num verdadeiro abismo econômico entre o litoral sul e o litoral norte. Hoje, Paulista representa apenas 2,4% do PIB, produto interno bruto estadual, ou seja, de toda a riqueza que é produzida no estado, quando tem capacidade para produzir muito mais.
Os trabalhadores de Paulista podem se orgulhar em ter um dos primeiros sindicatos do país, o Sindicato dos Tecelões, que carrega uma história de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, mas vê hoje a total desvalorização dos seus servidores públicos, médicos, agentes de saúde, guardas reivindicando condições dignas de trabalho e remuneração. De mãos atadas, esses profissionais dedicados não têm como oferecer à comunidade o atendimento à saúde, à segurança, como de direito. Na próxima quinta-feira, os servidores municipais fazem greve de advertência para exigir o pagamento do FGTS, do piso salarial nacional dos professores, das gratificações como quinquênio e regência e a estabilidade financeira, já aprovada pela Câmara Municipal dos Vereadores.
Hoje, Paulista é a cidade da Região Metropolitana Norte de Pernambuco com maior potencial de crescimento sócio-econômico, turístico e cultural. A antiga cidade das chaminés agora dá espaço para o setor terciário de serviços, que gera a expectativa de uma expansão de atividade comerciais. Agora é preciso estimular este crescimento com responsabilidade, garantindo qualidade de vida, discutindo políticas públicas junto às comunidades, garantindo a preservação do meio ambiente, a revitalização dos rios e a valorização das praias, promovendo o desenvolvimento sustentável, com soluções de transporte e mobilidade e preservação dos equipamentos culturais.
Chegou a hora de retomar o crescimento, com um olhar moderno, democrático, participativo, com transparência, ética e eficiência. Porque Paulista tem história, mas não pode continuar vivendo do passado. Paulista tem vocação para o amanhã. Tem vocação para um futuro que não se curva às velhas práticas políticas e que tem tudo para ser mais feliz, com uma cidade feita para todos. Parabéns, paulista pelos 77 anos de história e pelos muitos que ainda estão por vir.
Sérgio Leite
Paulista pode festejar uma história de tradição cultural, com um grande acervo arquitetônico, engenhos, igrejas, como a casa do capitão, patrimônios material e imaterial importantes. Mas paulista precisa preservar esse tesouro, que sofre com ações de vandalismo ou de despreparo como aconteceu recentemente com uma das chaminés das antigas fábricas de paulista. O patrimônio histórico e artístico de Pernambuco tombado pelo Iphan, estava sendo alvo de uma obra irregular desautorizada pela Fundarpe e que só foi suspensa depois que a comunidade denunciou o caso, ao ver um operário quebrando os tijolos e largando as pedras no chão.
Paulista pode e deve se orgulhar de seu povo: mais de 300 mil habitantes, um povo forte, disposto e trabalhador que já ostentou o título de polo têxtil da América latina com cerca de 20 mil trabalhadores, mas que vive hoje um período de decadência e esvaziamento da atividade produtiva, com um alto índice de desemprego e sub emprego, num verdadeiro abismo econômico entre o litoral sul e o litoral norte. Hoje, Paulista representa apenas 2,4% do PIB, produto interno bruto estadual, ou seja, de toda a riqueza que é produzida no estado, quando tem capacidade para produzir muito mais.
Os trabalhadores de Paulista podem se orgulhar em ter um dos primeiros sindicatos do país, o Sindicato dos Tecelões, que carrega uma história de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, mas vê hoje a total desvalorização dos seus servidores públicos, médicos, agentes de saúde, guardas reivindicando condições dignas de trabalho e remuneração. De mãos atadas, esses profissionais dedicados não têm como oferecer à comunidade o atendimento à saúde, à segurança, como de direito. Na próxima quinta-feira, os servidores municipais fazem greve de advertência para exigir o pagamento do FGTS, do piso salarial nacional dos professores, das gratificações como quinquênio e regência e a estabilidade financeira, já aprovada pela Câmara Municipal dos Vereadores.
Hoje, Paulista é a cidade da Região Metropolitana Norte de Pernambuco com maior potencial de crescimento sócio-econômico, turístico e cultural. A antiga cidade das chaminés agora dá espaço para o setor terciário de serviços, que gera a expectativa de uma expansão de atividade comerciais. Agora é preciso estimular este crescimento com responsabilidade, garantindo qualidade de vida, discutindo políticas públicas junto às comunidades, garantindo a preservação do meio ambiente, a revitalização dos rios e a valorização das praias, promovendo o desenvolvimento sustentável, com soluções de transporte e mobilidade e preservação dos equipamentos culturais.
Chegou a hora de retomar o crescimento, com um olhar moderno, democrático, participativo, com transparência, ética e eficiência. Porque Paulista tem história, mas não pode continuar vivendo do passado. Paulista tem vocação para o amanhã. Tem vocação para um futuro que não se curva às velhas práticas políticas e que tem tudo para ser mais feliz, com uma cidade feita para todos. Parabéns, paulista pelos 77 anos de história e pelos muitos que ainda estão por vir.
Sérgio Leite