Foto: Wagner Ramos
Camila Lindoso
Folha-PE
Priscila Araújo, 16 anos, achava a sonoridade do violino chata. Já Sidney Félix, de 14, adora um brega, e a música clássica nem ao menos passava pela cabeça dele. Os dois, no entanto, logo mudaram os conceitos após serem selecionados para a Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã. Eles estão entre os seis alunos que, a partir de hoje, irão aprender a fabricar, consertar e restaurar instrumentos de corda. A solenidade de inauguração da escola foi realizada ontem, pela manhã, no Quartel do Cabanga, Zona Sul do Recife, com um miniconcerto da Orquestra Meninos do Coque. O luthier é o profissional responsável pela construção e reparo dos instrumentos de cordas. Enquanto o archetier é o especialista em arco com que o músico toca o instrumento. Essa é a primeira escola especializada em Pernambuco, a qual irá qualificar os seis jovens matriculados no ensino regular público do Coque e que foram selecionados após teste escrito e vocacional. Eles aprenderão a cortar a madeira no tamanho exato, realizar acabamentos, afinar e pintar o instrumento.
“Os mestres é que vão dizer quem tem habilidade para ser um luthier e archetier. Vamos dobrar o número desses profissionais, que são apenas cinco no Estado. É um trabalho de paciência e de muitos detalhes”, comentou o coordenador geral da Orquestra, juiz João Targino. Segundo ele, a intenção é que, com o tempo, o número de alunos suba para 20 profissionais.
As aulas serão ministradas diariamente pelo luthier Júlio Rocha, com 15 anos de trabalho, e pelo archetier João Batista, que há 60 se dedica à profissão. A produção artesanal, segundo os professores, garante a excelência e qualidade musical nos mínimos detalhes. “Para um músico, tocar o instrumento que foi feito com todo cuidado é de um valor indescritível. É um trabalho de muito amor”, disse João Batista. O primeiro instrumento que será criado pelos alunos é o cavaquinho. “Quero começar logo. Poder criar um instrumento musical com as minhas próprias mãos é um sonho”, comentou a aluna Juliana Sotero, 15, que deseja mesmo é criar o próprio violão para tocar em casa.
O curso terá duração de cinco anos. Todo o maquinário necessário para a escola será fornecido por uma empresa japonesa. Em troca, os instrumentos fabricados serão comercializados por eles. A inauguração da escola contou com a presença do secretário Estadual de Educação, Anderson Gomes, e do presidente da Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC), o desembargador Nildo Nery.
Camila Lindoso
Folha-PE
Priscila Araújo, 16 anos, achava a sonoridade do violino chata. Já Sidney Félix, de 14, adora um brega, e a música clássica nem ao menos passava pela cabeça dele. Os dois, no entanto, logo mudaram os conceitos após serem selecionados para a Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã. Eles estão entre os seis alunos que, a partir de hoje, irão aprender a fabricar, consertar e restaurar instrumentos de corda. A solenidade de inauguração da escola foi realizada ontem, pela manhã, no Quartel do Cabanga, Zona Sul do Recife, com um miniconcerto da Orquestra Meninos do Coque. O luthier é o profissional responsável pela construção e reparo dos instrumentos de cordas. Enquanto o archetier é o especialista em arco com que o músico toca o instrumento. Essa é a primeira escola especializada em Pernambuco, a qual irá qualificar os seis jovens matriculados no ensino regular público do Coque e que foram selecionados após teste escrito e vocacional. Eles aprenderão a cortar a madeira no tamanho exato, realizar acabamentos, afinar e pintar o instrumento.
“Os mestres é que vão dizer quem tem habilidade para ser um luthier e archetier. Vamos dobrar o número desses profissionais, que são apenas cinco no Estado. É um trabalho de paciência e de muitos detalhes”, comentou o coordenador geral da Orquestra, juiz João Targino. Segundo ele, a intenção é que, com o tempo, o número de alunos suba para 20 profissionais.
As aulas serão ministradas diariamente pelo luthier Júlio Rocha, com 15 anos de trabalho, e pelo archetier João Batista, que há 60 se dedica à profissão. A produção artesanal, segundo os professores, garante a excelência e qualidade musical nos mínimos detalhes. “Para um músico, tocar o instrumento que foi feito com todo cuidado é de um valor indescritível. É um trabalho de muito amor”, disse João Batista. O primeiro instrumento que será criado pelos alunos é o cavaquinho. “Quero começar logo. Poder criar um instrumento musical com as minhas próprias mãos é um sonho”, comentou a aluna Juliana Sotero, 15, que deseja mesmo é criar o próprio violão para tocar em casa.
O curso terá duração de cinco anos. Todo o maquinário necessário para a escola será fornecido por uma empresa japonesa. Em troca, os instrumentos fabricados serão comercializados por eles. A inauguração da escola contou com a presença do secretário Estadual de Educação, Anderson Gomes, e do presidente da Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC), o desembargador Nildo Nery.