Japão Lembra Tragédia Atômica

Antônio Assis
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TÓQUIO (EFE) - A cidade japonesa de Hiroshima lembrou, ontem, as vítimas da primeira bomba atômica, ao se completar 67 anos do ataque, em cerimônia na qual se renovou a chamada pela paz, a não proliferação e a abolição das armas nucleares. Dezenas de milhares de pessoas se reuniram no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde às 8h15 (horário local, 20h15 do domingo em Brasília), várias badaladas e um minuto de silêncio marcaram o momento em que a cidade sofreu o primeiro ataque nuclear da história e ficou reduzida a cinzas.

Calcula-se que a bomba “Little Boy” lançada pelos Estados Unidos acabou de forma imediata com a vida de cerca de 80 mil pessoas, embora no final de 1945 os mortos chegavam a cerca de 140 mil e as vítimas da radiação nos anos posteriores foram muitas mais. “Não devemos permitir que a tragédia seja esquecida”, afirmou, durante a cerimônia, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, insistindo que o Japão, único país que sofreu um ataque atômico, deve liderar o debate internacional sobre a não proliferação e o desarmamento nuclear.

Noda também se referiu ao desastre que, em 2011, atingiu a usina nuclear de Fukushima e que ainda mantém dezenas de milhares de pessoas fora de suas casas por causa da radioatividade, e assegurou que o governo fará “todo o possível” para descontaminar a região. Além disso, reiterou que seu governo levará adiante uma política energética encaminhada a reduzir a dependência das usinas nucleares.

Entre os presentes na cerimônia estiveram representantes de 71 países. O neto do presidente americano Harry S. Truman - que no 6 de agosto de 1945 deu a ordem de lançar a bomba atômica sobre Hiroshima e, três dias depois, uma segunda sobre Nagasaki - também esteve presente.

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