Centros Urbanos Continuam Crescendo

Antônio Assis
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RIO DE JANEIRO (AE) - Nos últimos 50 anos, o número de centros urbanos cresceu mais que cinco vezes na América Latina e no Caribe e hoje a metade da população urbana na região (222 milhões de pessoas) vive em cidades com menos de 500 mil habitantes. De acordo com o relatório Estado das Cidades da América Latina e do Caribe, divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), cerca de 14% dos habitantes da região estão nas megacidades (65 milhões).

O êxodo rural perdeu força e as migrações ocorrem hoje, sobretudo entre centros urbanos. O crescimento populacional também tem caído, o que contribui para a queda do desemprego e da pobreza. Segundo o oficial principal de Assentamentos Humanos do ONU-Habitat, Erik Vittrup, essa oportunidade de tornar as cidades mais inclusivas e melhores para seus habitantes pode ser desperdiçada se não forem revistos os atuais modelos de crescimento e desenvolvimento nas cidades da região. “Os modelos de crescimento nos anos 90 e anteriores não se adaptam aos desafios atuais. É ridículo que estejamos reproduzindo modelos de cidade focados na expansão horizontal. A vantagem de morar na cidade é a concentração urbana, da estrutura urbana, de serviços”, diz o texto.

Para o representante da ONU, a densidade demográfica reduz custos e impactos ambientais, além de estimular a criatividade e a cultura. Esses benefícios só podem ser sentidos se houver uma boa administração e planejamento urbano. Se em 1950, havia 320 cidades com pelo menos 20 mil habitantes, meio século depois o número passou para dois mil. As metrópoles (com mais de cinco milhões de habitantes), hoje são oito: Cidade do México, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima, Bogotá, Santiago e Belo Horizonte.

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