A Poluição Gerada pelo Alisamento de Cabelo

Antônio Assis
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Jailson Paz
Diário de Pernambuco

O preço da beleza é alto.

Se tiver dúvida, contabilize quanto uma mulher gasta para manter os cabelos e as unhas dos pés e das mãos bem tratadas.

O que pesa no bolso tem reflexos na natureza, principalmente quando se apela para os alisamentos permanentes. Esses que são processos químicos.

Em sua monografia, José Robemar de Lima afirma que os salões de beleza lançam as águas usadas nos alisamentos sem tratamento necessário.

Ou melhor, “o tratamento de efluentes nestes estabelecimentos é inexistente”.

José Robemar pesquisou 30 salões de beleza em três bairros recifenses: Casa Forte, Casa Amarela e Cidade Universitária (Várzea).

Os produtos mais utilizados nos alisamentos são à base de tioglicolato de amônia, hidróxido de guanidina e hidróxido de sódio.

Esses produtos vão “diretamente para a rede coletora de esgotos domésticos, que não está devidamente preparada para recebê-los.

Os efluentes, reforça o pesquisador, possuem uma alta carga de produtos nocivos ao ambiente como a amônia, o chumbo e o formaldeído.

Na monografia para curso Tecnologia em Gestão Ambiental do Ifpe, José Robemar analisa diversos tipos de resíduos produzidos pelos salões.

O pesquisador, além dos resíduos químicos, trata dos resíduos biológibos, radioativos, comuns, perfuro-cortantes.

Para resolver o problema, José Robemar afirma que o poder público precisa, através de estudos, incentivar o manejo de resíduos nos salões de beleza.

Isso porque “os procedimentos realizados dentros destes estabelecimentos geram resíduos pergiosos ao meio ambiente em quantidades que não podem ser desconsideradas.”

Orientada pela professora Marília Castro, a monografia recebeu o título Levantamento sobre resíduos perigosos e efluentes de produtos químios gerados em salões de beleza.

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