247 – O Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está perdendo mais uma chance de dar transparência ao seu trabalho. Em conversa com o presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo, ele recusou o convite que lhe seria feito para depor na comissão. Gurgel segurou, durante três anos, um pedido de abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres, ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Recentemente, pediu a abertura de investigação sobre o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), mas não exigiu o mesmo procedimento em relação ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, no entanto, apontam muito mais para um possível envolvimento de Marconi no esquema de Cachoeira, de quem é suspeito de ter recebido R$ 500 mil, do que de Agnelo, contra quem não surgiram provas de participação ou conivência com a organização criminosa.