Guilherme Serodio | Valor
RIO - As eleições parlamentares francesas podem impedir a vinda do presidente eleito François Hollande para a Rio+20, em junho. A análise é do cônsul francês no Rio, Jean-Claude Moyret.
“Temos que dizer que a agenda é complicada para nós, pois vamos ter o segundo turno das eleições parlamentares no domingo anterior à Rio+20”, afirmou Moyret.
De acordo com ele, as primeiras declarações dadas pelos assessores mais próximos ao presidente eleito ontem dão conta da ida de Hollande às reuniões do G8, do G20 e à Cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entre maio e junho.
O cônsul lembrou ainda que o novo governo francês só será estabelecido após o dia 15 de maio.
Para Moyret, a eleição de Hollande não deve mudar a política externa francesa para questões de desenvolvimento sustentável.
“Me parece um tema de consenso no meio político francês que o ambiente deve ser objeto de governança multilateral”, afirmou o cônsul sobre a posição francesa de defender a criação de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável.