Mateus Araújo
Jornal do Comércio
Um termo de autorização autenticado em cartório ou a presença e acompanhamento dos pais ou maiores responsáveis, para permitir o acesso de menores de idade a shows e festivais. Ordens do Ministério Público de Pernambuco e do Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) estabelecem regras e classificação etária para eventos locais noturnos e em que hajam consumo de bebidas alcoólicas. Burocracias e documentações que tiram o fôlego de adultos e chegam a desanimar crianças e adolescentes. No próximo final de semana, o Recife vai se transformar no palco de grandes atrações nacionais e internacionais. Shows que atraem o público infantojuvenil e que terminam se transformando em problemas para as famílias.
A universitária Bárbara Moura, de 17 anos, é fã do grupo Los Hermanos há muito tempo, mas desta vez resolveu desistir de ir ao show dos ídolos por causa da burocracia. "Para você ir ao cartório e levar esse documento é um transtorno muito grande", diz. "Eu fui para o show de David Guetta, em janeiro, e foi o maior problema. Na hora, queriam me barrar, porque o documento não estava autenticado. Meu pai ainda tentou falar na portaria. Só entrei porque terminaram abrindo para todo mundo, e não pediram a identidade." No entanto, com o fato de o show dos Hermanos estar dentro de um festival, o Abril Pro Rock, Bárbara acredita que desta vez a fiscalização será mais rígida, e por isso não vai correr os risco de não entrar. "Já decidi. Eu não vou."