O Ministério Público Federal abriu, em Brasília, uma investigação contra o ministro Guido Mantega. Apura-se a acusação de que o titular da Fazenda se omitiu num caso de corrupção ocorrido na Casa da Moeda.
Presidia a autarquia Luiz Felipe Denucci. Desde 2010, Mantega havia sido alertado sobre denúncias que envolviam o subordinado. Suspeita-se que Denucci e familiares dele tenham remetido ao exterior cerca de R$ 50 milhões.
O dinheiro seria proveniente de propinas pagas por fornecedores da Casa da Moeda. Denucci nega. A Polícia Federal investiga o caso. Mantega foi mandado à grelha pela Procuradoria por não ter tomado providências.
Em depoimento no Senado, o ministro reconheceu que só mandou Denucci ao olho da rua depois de tomar conhecimento, em fevereiro, de que a Folha levaria o caso às manchetes.
Em 16 de março, um grupo de seis senadores encaminhou ao procurador-geral da República Roberto Gurgel representação contra Mantega. Entre os signatários da peça estava Demóstenes Torres (DEM-GO), hoje um ex-Demóstenes.
Além dele, assinam a representação o líder tucano Álvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Pedro Taques (PDT-MT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).