247 – O PMDB deixou bem claro seu incômodo como principal aliado do PT no governo federal. Mais do que assinar um manifesto em protesto contra a “hegemonia do PT” no governo e a possibilidade de os petistas utilizarem a máquina pública para ultrapassar os peemedebistas em número de municípios governados, o partido impôs à presidente Dilma Rousseff sua primeira derrota no Senado nesta quarta-feira, ao barrar a manutenção de Bernardo Figueiredo à frente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A agitação levou o ex-ministro José Dirceu a mandar um recado em seu blog: “Vão abrir mão da vice-presidência em 2014?”.
Enquanto o PMDB procura confusão, outro aliado, que também busca expandir sua abrangência no País, tenta seguir a cartilha do governo à risca, e pode ficar com essa vaga que Dirceu pôs em questão. O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem demonstrando boa vontade com o governo federal – a forma mais evidente é a tentativa de garantir o apoio do partido ao pré-candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, por mais difícil que essa tarefa pareça.
O presidente do PSB conseguiu adiar até junho a decisão do partido sobre com quem estará na eleição deste ano, o PSDB de José Serra ou o PT de Haddad. Diante da tendência dos diretórios municipal e estadual de São Paulo de apoiar Serra, o adiamento já é uma bela demonstração da boa vontade socialista.
Para completar, Campos também não tem mais aparecido como presidenciável, o que contribui para creditá-lo como opção para compor a chapa de reeleição à presidência em 2014, e não como o concorrente que vinha sendo pintado, inclusive como opção para uma parceria com o tucano Aécio Neves.
Romper com o governo pode não ser (e não parece) a intenção do PMDB, mas a reação do governo à rebelião de seu principal aliado em nível federal não está sob o controle dos peemedebistas. Ao simplesmente indicar outro nome para a ANTT após a negativa do Senado, Dilma indicou que não pretende se render a pressões, o que relativiza a importância dos protestos do PMDB. Quem pode se dar bem com essa disputa de forças é Eduardo Campos.
Enquanto o PMDB procura confusão, outro aliado, que também busca expandir sua abrangência no País, tenta seguir a cartilha do governo à risca, e pode ficar com essa vaga que Dirceu pôs em questão. O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem demonstrando boa vontade com o governo federal – a forma mais evidente é a tentativa de garantir o apoio do partido ao pré-candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, por mais difícil que essa tarefa pareça.
O presidente do PSB conseguiu adiar até junho a decisão do partido sobre com quem estará na eleição deste ano, o PSDB de José Serra ou o PT de Haddad. Diante da tendência dos diretórios municipal e estadual de São Paulo de apoiar Serra, o adiamento já é uma bela demonstração da boa vontade socialista.
Para completar, Campos também não tem mais aparecido como presidenciável, o que contribui para creditá-lo como opção para compor a chapa de reeleição à presidência em 2014, e não como o concorrente que vinha sendo pintado, inclusive como opção para uma parceria com o tucano Aécio Neves.
Romper com o governo pode não ser (e não parece) a intenção do PMDB, mas a reação do governo à rebelião de seu principal aliado em nível federal não está sob o controle dos peemedebistas. Ao simplesmente indicar outro nome para a ANTT após a negativa do Senado, Dilma indicou que não pretende se render a pressões, o que relativiza a importância dos protestos do PMDB. Quem pode se dar bem com essa disputa de forças é Eduardo Campos.