Recife é a quarta cidade mais criativa do país, aponta FecomercioSP

Antônio Assis
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 DIARIODEPERNAMBUCO.COM


O Porto Digital, no Bairro do Recife, é uma das âncoras do estudo que sustenta a posição da capital pernambucana no levantamento da FecomercioSP. Imagem: Léo Caldas/Divulgação
Embora não ostente um PIB per capita digno de enquadrá-la entre os principais polos econômicos do país, Recife é a quarta cidade mais criativa do Brasil. Pelo menos, no tocante à oferta de empregos em setores como tecnologia da informação (TI), comunicação e artes. A constatação é do Índice de Criatividade das Cidades, indicador produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e lançado nesta quinta-feira (29).

A pesquisa, que é uma luz em meio à falta de dados que permeia o campo da economia criativa no Brasil, considerou três bases iniciais - geral criativo, geral econômico e geral social - para montar o ranking, composto por 50 municípios de todas as regiões do país. Oferta de empregos, renda por habitante, PIB do setor de serviços, quantidade de empresas dedicadas a segmentos criativos, saneamento básico e até número de estabelecimentos públicos de saúde foram levados em conta pelos pesquisadores.
“O poder econômico entra, principalmente, no investimento em educação. Tendo educação de qualidade, se consegue atrair talentos e, com isso, se atrai empresas para se instalar nessa cidade. Automaticamente, tudo isso passa a se desenvolver melhor”, destacou o presidente do conselho de criatividade e inovação da Fecomércio-SP, Adolfo Melito, no estudo.
No caso do Recife, a posição de quarta cidade criativa do país deve-se sobretudo a experiências como o Porto Digital, que desponta como referência no segmento de TI - hoje, são mais de R$ 1 bilhão faturados por ano e cerca de 6,5 mil profissionais empregados. Tanto que a Prefeitura do Recife sancionou recentemente a lei municipal 17.762/2011, cujo texto expande o território do polo de negócios para o  bairro de Santo Amaro, contemplando novas empresas com a redução de até 60% do ISS (Imposto Sobre Serviços). A expectativa é fomentar novas cadeias produtivas na cidade.


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