Já é um estilo

Antônio Assis
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CRISTIANA LÕBO
G1
Depois de trocar 12 ministros em apenas 14 meses de governo, a presidente Dilma Rousseff vai firmando um estilo: o de surpreender o mundo político e jornalistas com o anúncio da mudança na equipe- evitando vazamento antecipando a notícia e disputa político pelo posto. Assim aconteceu semana passada com a substituição de Luiz Sérgio por Marcelo Crivella no Ministério da Pesca e hoje com a escolha de Pepe Vargas para o lugar de Afonso Florense no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Desta vez, o anúncio foi feito no começo da noite de sexta-feira, um dia habitualmente morno em Brasília.
Dilma já deu tantos pitos em ministros por conta de entrevistas que um deles chegou a brincar que o principal programa do governo é “Brasil sem notícia”, numa paródia do programa “Brasil sem Miséria” programa apontado como “a menina dos olhos da presidente” e que tem por objetivo erradicar a miséria no país.
A saída de Afonso Florense do Ministério do Desenvolvimento Agrário foi muito citada no período em que se falou em “reforma ministerial” do começo do ano, mas acabou esquecida quando foi dada a informação de que ela decidira colocar como o número dois do ministério alguém de sua confiança para tocar a gestão na pasta. Porém, de uma hora para outra, saiu o anúncio da escolha de Pepe Vargas.
O desempenho de Florense à frente do ministério não encheu os olhos da presidente Dilma. Mas a razão da saída, conforme petistas, foi política: Afonso Florense teria demitido Joaquim Soriano do cargo de chefe do programa de “Territórios de Cidadania”. Soriano é o representante da DS – Democracia Socialista, a mesma tendência do próprio Florense e do novo ministro Pepe Vargas.
Com a chegada de Pepe Vargas ao governo, assume a vaga de deputado federal Paulo Ferreira, marido na ministra Tereza Campelo. Agora, são sete os ministros nascidos no Rio Grande do Sul: Maria do Rosário, dos Direitos Humanos; Mendes Ribeiro, da Agricultura; Tereza Campelo, do Desenvolvimento Social; Luiz Inácio Adams, da Advocacia Geral da União. E, ainda, Alexandre Tombini, do Banco Central e Luiza Bairros, da Igualdade Racial que chegou ao governo por indicação do PT da Bahia.

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