“Chute no traseiro” da FIFA surte os primeiros efeitos

Antônio Assis
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Nesta terça era grande a revolta no Congresso contra a declaração do francês Jerôme Valcke, o secretário-feral da FIFA, que disse que o Brasil estava precisando de um chute no traseiro para avançar na legislação e nas obras da Copa do Mundo de 2014. Discursos exaltados e referências irônicas ou agressivas contra Valcke foram reações que acompanharam iniciativas importantes que podem finalmente levar a Lei Geral da Copa a ser votada hoje no plenário da Câmara.
Para permitir a votação do substitutivo do relator Vicente Cândido, dos dez pedidos de destaques ao texto nesta terça e evitar colisão com os trabalhos do plenário – o que é proibido pelo Regimento - a sessão da Câmara foi atrasada em duas horas, e só começou por volta das seis da tarde. Foi o líder do governo, Cândido Vaccarezza, quem anunciou a disposição de votar a Lei Geral da Copa já, e não depois do Código Florestal - o que sinaliza para uma importante mudança de atitude com relação a prazos.
Retrocesso – A votação na comissão especial contou com o apoio do Planalto para fixar uma norma que contradiz frontalmente o Estatuto do Torcedor. Por uma conveniência econômica, ditada pela FIFA, a comissão validou o texto que autoriza a venda e o consumo de bebida alcoólica nos estadios, proibida pelo Estatuto.
Perguntado se essa mudança não levaria ao descrédito e até ao descumprimento futuro do Estatuto do Torcedor, o relator Vicente Cândido (PT/SP) deu a entender que acha que a legislação precisa ser "harmonizada", para eventualmente eliminar a proibição de uma vez por todas.
Christina Lemos

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