Uma faceta do movimento estudantil na ditadura militar acaba de ser recuperada com tratamento técnico pelo Arquivo Público do Estado do Rio. São cerca de 80 faixas daqueles anos rebeldes, escritas à mão pela estudantada, com frases como “abaixo a ditadura”, “abaixo a disciplina militarista” etc. No material, acredite, ainda há marcas de pés, mãos, butes, chinelos... certamente carimbados ali no combate contra a repressão.
O material fazia parte do acervo da polícia política. O diretor do Arquivo, o historiador Paulo Knauss, conta que só percebeu que as faixas e cartazes seriam uma coleção depois de separados e reconstituídos:
— A história de cartazes políticos já é conhecida e explorada na bibliografia. O especial é que este material, por suas marcas, nos ajuda a reconhecer a história da luta estudantil no auge do movimento político.
Há até cartazes escritos a ca$, cujo valor histórico extrapola sua simplicidade — sobretudo, pelas marcas deixadas. Há sinais de pedras portuguesas, que sugerem que foram pisoteados numa possível fuga. No Arquivo, conta Knauss, um exercício do pessoal é imaginar quem segurava os cartazes ou qual momento foram exibidos.
O material vem sendo digitalizado para, além de facilitar o manuseio de pesquisadores, preservá-lo. Knauss tem um sonho:
— Gostaria de fazer uma grande exposição com essas faixas e cartazes. Antes, estavam dobrados, rasgados. Tivemos até de restaurar alguns.
O material fazia parte do acervo da polícia política. O diretor do Arquivo, o historiador Paulo Knauss, conta que só percebeu que as faixas e cartazes seriam uma coleção depois de separados e reconstituídos:
— A história de cartazes políticos já é conhecida e explorada na bibliografia. O especial é que este material, por suas marcas, nos ajuda a reconhecer a história da luta estudantil no auge do movimento político.
Há até cartazes escritos a ca$, cujo valor histórico extrapola sua simplicidade — sobretudo, pelas marcas deixadas. Há sinais de pedras portuguesas, que sugerem que foram pisoteados numa possível fuga. No Arquivo, conta Knauss, um exercício do pessoal é imaginar quem segurava os cartazes ou qual momento foram exibidos.
O material vem sendo digitalizado para, além de facilitar o manuseio de pesquisadores, preservá-lo. Knauss tem um sonho:
— Gostaria de fazer uma grande exposição com essas faixas e cartazes. Antes, estavam dobrados, rasgados. Tivemos até de restaurar alguns.
BLOG DO ANCELMO GÓIS
O GLOBO