Tony Tornado

Antônio Assis
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Ele já cantou como Tony Checker, sacudiu boates cariocas como Johnny Bradfort e defendeu a viúva Porcina (Regina Duarte) na pele do capanga Rodésio da novela Roque Santeiro, em 1986, atualmente reprisada pelo canal Viva. Na capital pernambucana, Tony Tornado, atração do festival Rec Beat, foi soul man.
Aos 81 anos, o cantor e ator mostrou estar em ótima forma. Cantou, deslizou e rodopiou ao som de clássicos da música soul e do funk, ritmos que ajudou a introduzir na música brasileira no início dos anos 1970.
Acompanhado pela banda Groovadelics, Tornado encarnou sua versão James Brown verde-amarela e relembrou hits da década de ouro dos nightclubs. Entre eles, I feel good, Soul negro e BR-3, canção com a qual venceu, ao lado do Trio Ternura, a fase brasileira do 5º Festival Internacional da Canção de 1970.
Pai coruja 
“O negão está velho e gordo”, brincou com o público, antes de chamar ao microfone seu filho, Lincoln Tornado, de voz menos grave e repertório voltado para o samba-soul. “Ele é o cara”, exagerou o pai.
Depois de uma performance de passinhos moon walk pré-Michael Jackson, Tony Tornado se despediu da plateia de cerca de 20 mil pessoas, que dançou e pulou em mais de uma hora de show, com três covers de Tim Maia: Não quero dinheiro, Primavera e Azul da cor do mar.
Uai

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