“Sou o melhor candidato para defender esse legado”

Antônio Assis
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                                        (Foto: Laila Santana/Folha de PE)

Por Valdecarlos Alves

Criticado pela oposição e por parte da população, além de ser vítima do fogo amigo dentro e fora do PT, o prefeito João da Costa superou um sério problema de doença renal há mais de um ano, mas hoje a sua luta maior é convencer o partido a ser o candidato da Frente Popular em Pernambuco e sobreviver ao incessante tiroteio.
E qual o argumento que o gestor terá para dobrar as lideranças petistas? “Estou convencido, por eu estar à frente de todas as coisas que estão acontecendo, que o melhor candidato para defender esse legado e falar sobre o futuro da nossa cidade e dos nossos projetos sou eu. Isso não é nenhuma empáfia ou auto-suficiência. É um reconhecimento porque já estou aqui (na PCR) há 12 anos. Fui secretário e agora sou prefeito”, afirmou João da Costa, ao Blog da Folha. Leia agora a primeira parte da entrevista exclusiva realizada na última quinta-feira (16), no gabinete do prefeito no 9º andar da sede da PCR.
DIFICULDADES
No início da gestão tivemos problemas administrativos e políticos. Também teve o processo da minha doença. Já no primeiro ano eu tinha notícia que teria que fazer um transplante ou ir para a hemodiálise. Tive que conviver com uma doença grave de uma irmã minha que morreu de câncer e convivendo com todos os problemas administrativos e políticos conhecidos por todos. Após esse período, estou fazendo agora um ano de retomada do governo onde fizemos uma reforma e pode sim aí não só iniciar o governo, até porque a gente vinha trabalhando elaborando projetos, buscando parcerias, procurando o governo federal… Quando se teve as condições políticas e pessoais de saúde para exercer o mandato na plenitude, estamos podendo mostrar a nossa capacidade política e administrativa. Isso começa a ser percebido em maior volume pela população e também pelos atores políticos cada vez mais. Hoje posso ter condições físicas e de saúde para poder dar um ritmo maior para o governo.
CANDIDATURA INDEFINIDA
Acho que a gente não deve antecipar o processo eleitoral. Não posso chegar num terceiro ano de governo e achar que no outro ano é só eleição e não se governa mais a cidade, não se procura projetos, não se faz gestão. Quanto mais você antecipa o processo eleitoral, mas prejuízo tem a instituição que está sendo governada e contamina demais o processo.tem tempo político para isso e no tempo correto a gente vai definir. Na política, nada é natural. Tudo é um processo em construção.
2012 x 2014
Estamos num processo que vai ter desdobramento não apenas em 2012, mas nos próximos quatro ou oito anos. Sabemos da importância do Recife como um lugar estratégico para as definições políticas futuras no Estado. Em função disso, é preciso fazer um processo de discussão maior. Mas eu tenho muita confiança que no final o partido vai convergir para a nossa reeleição, que é o melhor caminho para nós defendermos o legado desses 2 anos que a gente vem governando com nossos aliados. Mas falamos também aí de um projeto de futuro em parceria com a presidente Dilma e com o governador Eduardo Campos. O Recife hoje é um local estratégico dentro da política nacional. Temos muita confiança que iremos construir a unidade e apresentar um conjunto de propostas que já está em andamento e consolidar o Recife.
FOGO AMIGO
Em vez de dialogar e ver o que o governo estava fazendo… Dizem que tudo o que estou fazendo aqui não é nada diferente do que se fazia antes. Muito pelo contrário, eu reforcei e fiz o conjunto de políticas avançar na habitação popular, educação infantil, saúde, mobilidade urbana… Críticas devem ser feitas em cima dos conteúdos. O projeto político, no seu conteúdo continua em ampliação e temos obras espalhadas pela cidade inteira. Não se define uma candidatura por uma questão de honra pessoal, define isso por um projeto político. Eu tenho resistido a esse conjunto por ter a certeza de que o que eu estava fazendo aqui são aqueles compromissos que assumi com os partidos e com o povo da cidade. Às vezes podem surgir problemas novos e o governo estar fragilizado e surgem todo o tipo de oportunidade ou oportunismo.
MELHOR CANDIDATURA
Estou convencido, por eu estar à frente de todas as coisas que estão acontecendo, que o melhor candidato para defender esse legado e falar sobre o futuro da nossa cidade e dos nossos projetos sou eu. Isso não é nenhuma empáfia ou autossuficiência. É um reconhecimento porque já estou aqui há 12 anos. Fui secretário e agora sou prefeito. Depois dessas críticas todinhas, não sei o que é que vão falar mais sobre mim. Quase tudo o que tinham que falar já falaram.
Blog da Folha

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