Duas grandes obras, dois grandes projetos, duas realidades distintas. Em dois dias de visita ao Nordeste, para acompanhar o andamento da Transposição do São Francisco e da Ferrovia Transnordestina, a presidente Dilma constatou que a ferrovia, por ser uma PPA – Parceria Pública Privada –anda, enquanto a Transposição, embora incluída no PAC, é uma tremenda incógnita.
Para fazer com que o projeto de interligação de bacias se concretize, Dilma teve que repreender empreiteiros responsáveis pelo consórcio. A Transposição ficou parada por quase um ano, dependendo de acertos financeiros com as empreiteiras.
Já a ferrovia anda de vento em popa. Dos 1.728 km de extensão, 170 km já estão prontos, com toda infraestrutura e trilhos. No ritmo que vai, deve ser entregue até o final de 2015. Destinada a criar um canal de escoamento moderno da produção nordestina, a ferrovia liga Eliseu Martins, no Piauí aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.
A previsão é que a produção transportada pela ferrovia atinja, inicialmente, a casa dos 30 milhões de toneladas, podendo chegar a 100 milhões de toneladas quando estiver plenamente sinalizada.
Transportará minérios e grãos, principalmente da região sudeste do Piauí e gesso, do polo gesseiro de Pernambuco. Trata-se de um projeto de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhões da iniciativa privada.
Blog do Magno Martins