PSD apoia Serra. Como fica o “líder” Eduardo nessa história?

Antônio Assis
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                                                        Foto: Julio Jacobina – Diario
O PT bem que tentou. Queria porque queria o PSD no palanque de Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo. O prefeito da cidade e presidente nacional do novo partido, Gilberto Kassab, adorou o assédio.
Ganhou visibilidade, viu a cotação da legenda subir e chegou a ter conversa privada com a presidente Dilma Rousseff em Brasília. Mas bastou o ex-governador José Serra ensaiar sua entrada no páreo para o namoro dar em nada.
Kassab ficará onde sempre esteve. Apoiará os tucanos, que viabilizaram o seu mandato no comando da mais importante prefeitura do país.
Com a decisão, ficou claro que o prefeito de São Paulo levou o seu partido para onde as chances de vitória são mais claras. Serra, que já foi prefeito, larga na frente na disputa. E Kassab, claro, conhece bem o poderio eleitoral do PSDB no seu estado.
Bom, fosse qual fosse o caminho do prefeito, ele estaria atuando em sintonia com Eduardo Campos, padrinho da nova sigla e a quem Kassab chama de “líder”.
Se ficasse com o PT, o governador ganharia mais pontos com o ex-presidente Lula, fiador da pré-candidatura de Haddad, e reafirmaria os laços com o petismo – embora a relação entre os dois partidos (PSB e PT) seja marcado pela desconfiança.
Com o PSD aliando-se ao PSDB, Eduardo confirma a pluralidade de interesses e o arrojo do PSB, que, em vários estados, inclusive em São Paulo, mantém aliança com os tucanos.
Aliás, é esta diversidade de relações uma das causas do estranhamento que atinge, nos bastidores, a convivência de petistas e socialistas. Agora, resta saber o que Lula achou do fato de o “liderado” de Eduardo ter optado por Serra.
Josué Nogueira

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