Embora, no Brasil, 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam fora da escola (a maior parte deles [1,27 milhão na Região Sudeste, a mais rica e mais populosa do País), é preciso comemorar os avanços. Especialmente no Nordeste, que, com exceção de Alagoas (que também é o Estado que mais avançou no índice, com mais 11,7 pontos percentuais [P.P.,em 10 anos), pela primeira vez está na média nacional com oito dos seus nove Estados matriculando mais de 91,5% dos alunos.
Certo, o desafio continua. E ainda temos os piores índices de qualidade do País. Mas o importante é que estamos cada vez mais próximos das metas para o setor e isso não pode ser desmerecido porque custou caro e muito esforço do setor público que, ainda que compulsoriamente pela exigência dos recursos do Fundeb, ao menos já consegue matricular os alunos.
Calma, não se pense que está tudo bem. Não está. O desafio agora é até maior, pois não basta só estar na escola. O desafio do Brasil é conseguir melhorar a sua educação porque ficou claro que não lhe resta outro caminho. Vamos ter que estudar mais, formar mais professores e melhorar o investimento no setor. E no Nordeste a coisa é ainda mais difícil. Mas para quem no ano 2000 tinha uma média de 83,9% alunos matriculados e, em 2010 chegou a 92,3%, é um avanço extraordinário
JC NÉGOCIOS
