Do NE10
Um protesto de moradores de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, parou o trânsito na PE-60, na manhã desta quinta-feira (2), no município. Moradores locais bloquearam a via, nos dois sentidos, na altura do Bairro do Rosário com pneus em chamas.
Movimentos sociais e associações de moradores e de pescadores protestaram contra o Governo de Pernambuco e a diretoria do Complexo de Suape. Com uma pauta de reivindicações de 11 itens, incluindo o pedido de retirada dos processos de reintegração de posse de Suape contra as famílias de posseiros e das das milícias armadas de Suape, revisão dos valores das indenizações, construção de passarelas e lombadas eletrônicas na tentativa de diminuir os acidentes, políticas públicas para os agricultores, entre outras.
Manifestantes atearam fogo em pneus. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Por volta das 10h, os manifestantes liberaram uma das faixas da PE-60 e seguiram em marcha até a casa da posseira Raquel Minervino, que recebeu uma ordem de desocupação do local onde mora há 48 anos, o Distrito de Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Ela vai receber uma indenização de R$ 12 mil.
Em nota de esclarecimento, a diretoria do Complexo de Suape afirmou que as indenizações aos posseiros são pagas depois da realização de um laudo técnico elaborado por um avaliador externo, que segue as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No início da gestão Eduardo Campos, a política era adotar a tabela da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) para calcular o valor das benfeitorias realizadas nos terrenos (construções e plantios).