Sem condições de fechar a compra do imóvel novo, o consumidor está direcionando seus sonhos para o automóvel novo. Segundo a Fenabrave, que reúne as revendas no Brasil, foram comercializados, em janeiro, 268 mil veículos, 9,56% a mais do que no mesmo período do ano passado. Nem o mais otimista vendedor esperava tanta gente na loja.
A GM, que fez uma grande promoção no mês, chegou ao primeiro lugar no ranking do setor com participação de 20,91% nas vendas, seguida pela Fiat (líder no ano passado), com 20,54%, e a Volkswagen com 20,21%. A Ford teve 8,79%.
Mas o que se observa é que o consumidor brasileiro otimista com o emprego está, cada vez mais, reduzindo o tempo de permanência com o seu carro. Ele segue o comportamento global de incluir a prestação do financiamento no orçamento. Já não se preocupa em quitar o carro apenas para dizer que é seu. Troca. Até porque ele está se desvalorizando muito rapidamente. Ou seja: em lugar de prender todo seu dinheiro num carro do ano, ele o guarda no banco e assume a prestação como uma despesa fixa. Como aliás acontece nos países de economias desenvolvidas. E aí as vendas de novos dispararam. E todo mundo de carro novo.
JC Negócios
