Arena-PE registra as primeiras demissões

Antônio Assis
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Raphael Coutinho_PE247 – O consórcio responsável pelas obras da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR), confirmou as primeiras demissões após o Tribunal Regional do Trabalho em Pernambuco (TRT-PE) declarar ilegal a greve realizada, nos últimos dias, pelos trabalhadores lotados na obra. Os operários estavam parados há uma semana e, de acordo com a decisão judicial, caso não retomassem suas atividades, haveria punição, com a aplicação de multa para o sindicato responsável e demissão por justa causa. No entanto, através da assessoria de imprensa, o consórcio informou que os desligamentos são considerados “de rotina”.
O consórcio ainda não revelou o quantitativo de demitidos, porém, nos bastidores, se fala em mais de 500 desligamentos. Segundo a assessoria de imprensa, o departamento jurídico está elaborando uma nota com mais detalhes. Os trabalhadores paralisaram os serviços no último dia 25 de janeiro e permaneceram até esta quinta-feira (2), quando saiu a decisão do TRT-PE. O movimento foi considerado “abusivo e ilegal”, com penalidade de R$ 5 mil, por dia, ao Sindicato dos Trabalhadores na construção de Estradas, Pavimentação e Terraplenagem em Geral (Sintepav-PE).
Até antes da greve, 2.437 trabalhadores trabalhavam nas obras da Arena Pernambuco. Entre as reivindicações feitas, os funcionários exigiam aumento de benefícios, como cesta básica (de R$ 80 para R$ 120), maior participação nos lucros e resultados (PLR), Plano de Saúde para os profissionais e ajudantes, além de abono dos dias parados e estabilidade de um ano para a comissão dos trabalhadores.
Para o mês de março, os sindicatos de todas as 12 sedes do Mundial 2014 estão elaborando uma paralisação geral. O objetivo é que os cerca de 25 mil operários espalhados por estas cidades cruzem os braços, caso não seja aprovada uma proposta única de piso salarial e benefícios para todos os trabalhadores. A ação está sendo articulada pela Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Sindical Internacional (CSI) e Federação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada.