Você já ouviu falar da Estrada da Mumbeca? Se não, pode memorizar esse nome porque você ainda vai ouvir falar muito nele. Pelo menos essa é a aposta das imobiliárias e construtoras pernambucanas que acreditam que a rodovia, batizada de PE-16, se transformará na "nova Aldeia" da Região Metropolitana nos próximos cinco anos.
Com uma extensão de 13 quilômetros rodeados da mata atlântica e quase 90% de área inabitada, a Estrada da Mumbeca fica a 40 minutos do centro do Recife, 20 minutos do centro de Paulista e 30 minutos do centro de Camaragibe. Porém, o perímetro - que inicia no quilômetro 57 da BR-101 e termina no quilômetro 2,5 da Estrada de Aldeia - começou a atrair os olhares do mercado imobiliário local no ano passado, quando o o estado investiu em obras de pavimentação e drenagem da PE.
Estrada da Mumbeca é rodeada de mata atlântica e quase inabitada, mas já tem condomínios prontos
"Vejo aquela área como uma extensão de Aldeia, só que mais preservada e mais central, pois tem ligação com Paulista e, consequentemente, pode atrair pessoas que vão trabalhar em Goiana", afirmou José Maria Miranda, um dos sócios da imobiliária Paulo Miranda. Segundo ele, a região de clima ameno e vegetação nativa é perfeita para a construção de condomínios e loteamentos voltados para as classe A e B.
Um deles foi lançado em 2011, e tem apenas cinco unidades disponíveis. Trata-se do Vale do Ipê, loteamento com 33 unidades que fica bem no meio da PE-16. "É o primeiro privê que lançamos na Estrada da Mumbeca, mas nos próximos anos ainda teremos mais três condomínios por lá", comentou Rinaldo Soares, corretor da Almeida Fernando, incorporadora responsável pelo Vale do Ipê. Cada lote do condomínio custa R$ 95 mil, o dobro do valor de quando o privê foi lançado. "As pessoas querem fugir dos grandes centros e, ao mesmo tempo, ter acesso rápido ao trabalho. Na Estrada da Mumbeca dá para ter as duas coisas", diz Soares.
Mônica Mercês, assessora de planejamento de mercado e inteligência da Queiroz Galvão, concorda com as qualidades da área, mas acredita que faltam equipamentos importantes como escolas, supermercados, farmácias. "Nesse sentido, há muito o que se fazer por lá", ressalta.
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